Existem três grandes diferenças entre a visão adivinhatória e a de autoconhecimento:
1. A Questão do Destino": Para quem faz futurologia, o Tarot é um intermediário entre o destino e os homens. Assim estes são reduzidos a espectadores de suas próprias vidas.
Enquanto que para o Tarot Terapêutico estamos a criar continuamente, a partir das nossas escolhas e em qualquer momento podemos mudá-lo. Futuro e destino são a resposta do universo aos nossos actos, omissões e pensamentos, como a força física de acção e reacção que no Oriente é conhecida como Lei do Karma. É claro que a nossa capacidade de transformar as nossas vidas e de criar o nosso futuro segundo os nossos desejos é proporcional à nossa consciência. O Tarot bem usado é uma ferramenta que nos pode ajudar a tomar consciência do que realmente está a atrapalhar a nossa realização e mostra que atitudes são necessárias para nos libertarmos.
2. A Questão da Responsabilidade: Para o Tarot adivinhatório o ser humano é um perfeito irresponsável. Que responsabilidade pode ter alguém cuja vida está amarrada ao destino, até ao ponto de poder conhecer seu futuro? Liberdade e responsabilidade caminham juntas. .
Segundo a visão terapêutica somos totalmente responsáveis pela vida que levamos. Parar de colocar a responsabilidade (ou a culpa) da nossa situação nos outros, no destino... é o primeiro passo para mudar. A felicidade e a fortuna são questões de escolha e não de sorte.
3. A Questão do Bem e do Mal: O bem e o mal não são verdades absolutas. O que é bom para uma pessoa hoje, pode não sê-lo amanhã. O que é bom para mim, pode não sê-lo para si. Quem pretende ajudar a curar a alma não pode trabalhar com verdades absolutas ou doutrinas, pois não existem doenças e sim doentes.
No entanto considerar que existe um aspecto nosso, particularmente íntimo que não foi atingido pela manipulação e/ou programação familiar, onde repousa a essência do ser humano, o Ser Superior ou a Supra-consciência, pode ajudar-nos muito no nosso trabalho.
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